Blefaroplastia é o nome técnico para plástica palpebral. Existem dois tipos de blefaroplastia: superior e inferior. Com o decorrer dos anos, a pele da pálpebra superior vai se tornando flácida e caída, o que prejudica o campo visual. Já nas pálpebras inferiores, há protrusão das bolsas de gordura e flacidez de uma estrutura rígida chamada tarso, o que confere um olhar cansado, sobretudo ao amanhecer. A blefaroplastia consiste na retirada do excesso de pele palpebral e tratamento das bolsas de gordura excessivas, além do fortalecimento da estrutura de sustentação lateral das pálpebras inferiores.
Usualmente, quando uma blefaroplastia inferior é procedida, são dados pontos nos cantos laterais dos olhos, o que é chamado de cantopexia. O objetivo é evitar a retração palpebral inferior ou esclera aparente (“scleral show”)/ectrópio. Para casos de grande frouxidão das pálpebras inferiores, técnicas mais avançadas de cantoplastia devem ser executadas, como o “tarsal strip”. O cirurgião deve reconhecer dificuldades como essa no pré-operatório, por meio da avaliação do vetor (análise da região malar em relação à região orbital) e de testes específicos (“snap-back”e “distraction test”).
É comum se associar ao quadro de envelhecimento palpebral a ptose superciliar (queda das sobrancelhas), que pode ser tratada das seguintes maneiras:
- Aplicação de toxina botulínica ou de preenchedor para casos leves;
- Elevação pela própria incisão de blefaroplastia, ou lifting transpalpebral;
- Cirurgia de Castañares, que consiste na retirada de pele imediatamente acima do supercílio;
- Ascensão da sobrancelha por meio de fios;
- Lifting frontal endoscópico ou por videocirurgia;
- Frontoplastia por incisão coronal ou pré-capilar.